Little Caesar –
American Dream
Os hard rockers alucinados do Little Caesar estão de volta com um
novo álbum repleto de riffs rock and roll e caracterizado por aquele clima
blues que envolve os álbuns da banda. Ron
Young continua com sua voz rouca maravilhosa cantando com a malícia de
sempre. “Holly Roller” abre o disco
com uma levada rock and roll muito boa, é uma daquelas canções que vai
crescendo e culmina num refrão para todo mundo cantar junto. Vale citar o belo
trabalho das guitarras que é feito aqui. “American
Dream” e “Hard Rock Hell” mantém
a pegada rock and roll em alta, canções energéticas onde o refrão se torna o
ponto alto. “Prisoner Of Love” tem
uma bela introdução, onde a guitarra da as cartas para na sequência vir uma
levada pesada que é emoldurada com uma das melhores melodias do disco.
Quebrando o clima mais rock and roll temos a balada “Only Memories Away”, mas nem por isso aquela pegada blues deixa de
dar o ar da graça, bela canção com a voz de Ron dando um toque marginal a
melodia, sensacional. “Drama Queen” é
hard n’ roll na veia, pode abrir uma cerveja que essa merece. Um disco de
primeira linha, feito por caras que entendem do riscado. Recomendado!
Estrella – Come Out To Play
Imagine algo entre o Journey e o Aerosmith com aquela malicia hard glam dos anos 80, eis a banda
escocesa Estrella. Melodias fáceis,
teclados e guitarras diretos na sua cara e belos corais emoldurando as canções
da banda. “Chance Of Lifetime” nos
brinda com uma introdução no melhor estilo Bon
Jovi anos 80 e uma melodia AOR maravilhosa, o detalhe fica pelos vocais que
nos remete a Steven Tyler, uma bela
canção para mostrar o cartão de visitas da banda. “Come Out To Play” de cara nos remete aos anos 70, Kiss e Aerosmith vem a nossa cabeça ao primeiro acorde, a canção mantém a
pegada setentista, daí vem o refrão com aqueles coros típicos das bandas hard
de década de 80 e aí que você percebe o quanto essa mistura soa interessante. “Mona Lisa Smile” é sem dúvida o grande
destaque do disco, bela canção, guitarras acústicas e teclado fazendo uma base
muito interessante para uma melodia maravilhosa se debruçar e nos presentear
com um dos grandes momentos do hard rock esse ano, não podemos esquecer o belo
refrão onde a distorção enfim entra em cena, mas apenas como coadjuvante de uma
bela melodia. “One Love” nos leva ao
inicio dos 80, uma mistura de Thin Lizzy
e Ratt, acredite isso soa
incrivelmente bom, esse disco é refrescante, diante de tanta tecnologia fazendo
a sonoridade das bandas parecer algo mecânico, esses escoceses plugaram seus
instrumentos nos amplificadores e mandaram ver. Um dos melhores momentos do
hard esse ano. Recomendado!
Slash – Apocalyptic Love
Eis o novo álbum de um dos
grandes guitarristas da atualidade. Slash
desde que surgiu na segunda metade da década de oitenta com o Guns N’ Roses chamou a atenção do mundo
pela sua atitude e seu estilo de tocar, o cara foi subindo degrau por degrau a
escada que separa estrelas da música de músicos comuns. Nessa sua nova
empreitada Slash se valeu do que
mais sabe fazer, hard rock com um pé fincado no rock and roll. E tome riffs
pegajosos e solos maravilhosos, alias os solos aqui são um caso a parte, basta Slash começa a solar para você
identificar o cara, e a cada solo parece que ele acerta a mão ainda mais, é
como se o solo você uma canção a parte, simplesmente muito bom. O disco abre
com a pancada “Apocalyptic Love” com
uma introdução avassaladora para na sequência entrar numa levada pesada
emoldurada por uma interpretação um tanto afetada de Myles Kennedy, mas que não tira o brilho da canção, que tem um
ótimo refrão. Destaque para o riff de introdução que vez por outra aparece na canção e para o solo que pegam na veia. “You’re A Lie” nos remete aos velhos
tempos do Guns, introdução pesada, uma base mais contida acompanha a canção até
o seu pegajoso refrão onde o peso come solto numa pegada um tanto moderna. “No More Heroes” é uma canção muito
bonita, com sua levada mais tranqüila dá para notar que Myles Kennedy é um bom vocalista, quando não tenta fazer
estripulias com sua voz. Slash faz
um belo trabalho nessa canção, simples, porém muito eficiente. “Anastasia”
começa com uma guitarra acústica e depois vem uma belíssima sequência de
acordes e riffs que nos levam no tempo para uma breve lembrança da clássica “Sweet Child O’ Mine”, bela canção,
ótimo refrão, um dos melhores momentos do disco. “Far And Away” é uma balada muito bonita, sem exageros por parte do
vocalista, uma sessão acústica digna de nota, impossível não falar do solo
dessa canção, cheio de alma blues, feeling que poucos guitarrista podem dizer
que conseguem numa canção. É isso! Slash
não tentou reinventar nada e nem precisava, esse cara tem sua marca no mundo da
música, ele é o Slash e basta.
Recomendado!
D. Fernando
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