H.E.A.T. – Adress The Nation
Eis um disco que vinha causando muita expectativa para aqueles fãs de hard rock que acompanham as bandas mais novas do estilo e até mesmo em alguns fãs mais antigos. Essa banda sueca causou muito boa impressão em seus dois primeiros álbuns, com um hard forte e bem tocado na linha de bandas como Europe e Bon Jovi os caras chamaram muito a atenção. Logo após o lançamento do segundo álbum o vocalista Kenny Leckremo deixou a banda e para seu lugar chegou Erik Grönwall que fora vencedor do programa ídolos daquele país. A minha dúvida e acredito que a de muitos fãs da banda era se com o novo vocalista os caras conseguiriam manter a magia dos dois primeiros álbuns, que na minha modesta opinião acontecia em sua maior parte pelo vocal de Leckremo, que não era nada demais tecnicamente falando, mas imprimia personalidade ao som da banda e isso é para poucos.
Pois bem, os caras lançaram um novo álbum e o que constatamos foi: Erick Grönwall é um vocalista acima da média, com personalidade e técnica vocal apurada. As canções estão mais elaboradas, o que é normal para uma banda em evolução, só que dessa vez a coisa toda pendeu para os lados do Bon Jovi sem o menos pudor, desde a faixa de abertura “Breaking The Silence” que nos remete a “Lay Your Hands On Me” em tudo, absolutamente tudo até a balada “The One And Only”, puta que pariu, impossível negar a influência dos caras de New Jersey aqui, canção maravilhosa, muito linda mesmo. Várias outras canções fazem desse play uma audição obrigatória para os fãs de hard rock dos anos 80: “Falling Down”, “In And Out Of Trouble”, “Heartbreaker”, etc. “Downtow” é um dos destaques do disco, melodia muito bonita, instrumental perfeito e uma belíssima interpretação de Erick dando a essa canção de andamento arrastado um clima pop que a eleva a um nível acima das outras canções do disco. “Living On The Run”, cara, essa é um dos novos hinos do hard moderno, que pegada poderosa, desde a introdução com teclados, o andamento compassado junto com a bela voz de Grönwall passado pela ponte maravilhosa que nos leva a um refrão matador, duvido, duvido muito você não sair cantando esse refrão de primeira cara e lhe digo mais, não vai sair da sua cabeça nunca mais, eis um clássico. Discaço de hard rock de arena, mais ou menos como o “New Jersey” do Bon Jovi ou o “Out Of This World” do Europe. Recomendado demais!
Mad Max – Another Night Of Passion
Uma das bandas tradicionais do hard rock alemão nos anos 80 está de volta. O Mad Max voltou derrubando tudo. Com a sua formação original os caras continuam fazendo hard n’ heavy de primeiríssima linha. Se você curte Scorpions, Accept, Bonfire, aquele estilão alemão de se fazer musica pesada, você irá cair de costas aqui amigo, discaço que merece todos os elogios. Para começar “Rocklahoma” nos brinda com guitarras afiadas, cozinha pesada e rápida, vocais maravilhosos de Michael Voss e um refrão daqueles. “40 Rock” é outra canção muito boa, um coro de abertura dando aquele clima oitentista, de andamento mais compassado tem em seu refrão o ponto forte, mas não podemos esquecer o belo trabalho de baixo e bateria. “You Decide” é matadora, riff cortante com a presença do baixo fazendo o contraponto exato para a belíssima melodia vocal em toda a canção, hard rock para se cantar junto. Outras canções como “Welcome To Rock Botton”, “Fallen From Grace” e “Fever Of Love” mantém o nível do álbum em alta. Vale destacar a produção do play que está fantástica, os caras fizeram um álbum pesado e empolgante com ótimas canções hard rock e uma certa pegada de heavy tradicional aqui e ali que dão um toque todo especial ao play. Recomendado!
Jack Blades - Rock ‘N Roll Ride
Eis um cara que dispensa apresentações, Jack Blades é o coração e alma de uma das grandes bandas dos anos 80 o Night Ranger e ainda capitaneou uma outra banda que fez muito sucesso no inicio dos anos noventa o Damn Yankees junto com Ted Nugent. Bem aqui vamos falar da nova empreitada desse baixista/vocalista/compositor de mão cheia. “Rock ‘N Roll Ride” o novo álbum solo do cara é simplesmente matador. Desde a primeira canção “Back In The Game” até a última “Hey Now”, o que temos aqui é um aula de hard rock. Viajando pelas suas principais influências, de Rolling Stones a AC/DC, passando por Beatles, Scorpions, Night Rangers e Damn Yankees o que ouvimos são canções fabulosas. “Rock ‘N Roll Ride” é um exemplo disso, com sua base totalmente AC/DC, essa canção empolga do inicio ao fim. “Anything For You” vai naquela pegada de “Dead Flowers” do Stones, belíssima canção e um refrão emocionante, sentimos algo de Beatles nos backings, uma mistura perfeita. Canções como: “Love Life”, “Hardest Word To Say”, “West Hollywood”, “Rise And Shine” deixam o disco com aquele clima entre o hard rock e o rock and roll tradicional, com a dose certa de peso e melodia. “Don’t Give Up” nos remete aos Rolling Stones novamente, que canção maravilhosa, é uma semi-balada com o refrão altamente viciante, aliás, a canção inteira vicia amigo. “Hey Now”, bem e sei que vai soar repetitivo, mas parece que Jack Blades quis colocar o Mick Jagger que existe dentro dele pra fora neste álbum, sobretudo nesta canção, que interpretação vocal maravilhosa, parece até um cover dos Stones, eu gostaria de ouvir Jagger cantando essa canção, cara é muito linda. Jack Blades, “Rock ‘N Roll Ride” recomendadíssimo!
D. Fernando