Ken Hensley & Live Fire - Faster
O hard rock britânico está sempre nos presenteando com grandes discos e dessa vez não poderia ser diferente. Até mesmo porque o nome em questão já é conhecido do público e sua história na música por si só já lhe dá credibilidade para tanto.
Ken Hensley (Uriah Heep) nos brinda com um álbum maravilhoso do começo ao fim. Aquela pegada setentista permeia o disco, mas a obra não deixa de fazer menção a atualidade de maneira não menos grandiosa. Ken Hensley é musico experiente e antenado, soube mesclar o passado com presente de forma primorosa num disco muito acima da média. Destaque para várias canções: The Curse nos remete ao Uriah Heep de cara, aquela levada é característica, um belo hard rock. Fire I Cry Alone é uma lindíssima balada com uma introdução matadora, Katrine tem um ar de Deep Purple, belíssimo hard/blues, mas é em Somewhere (In Paradise) e Fill Your Head (With Rock) que esse disco se eleva ao patamar de um dos melhores já lançados esse ano, que canções contagiosas, tente ouvi-las e não sai cantando junto, é impossível. Hard Rock de primeiríssima linha.
Rubicon Cross – Rubicon Cross EP
Uma das melhores vozes do hard rock da década de 90 está de volta. CJ Snare (Firehouse) e o guitarrista britânico Chris Green soltaram essa pancada do hard rock atual chamado Rubicon Cross.
O som dos caras é calcado num hard rock moderno, ou seja, muito peso nas guitarras em uma afinação mais baixa, o que não quer dizer que não empolgue, muito pelo contrário a faixa Next Worst Enemy é uma pancada na orelha, riffs cortantes em cima de uma base forte e precisa, nem precisa dizer o quanto Cj canta aqui né, o cara mostar que está em forma nas quatro faixas do EP. Shine trás o que mais se aproxima do Firehouse uma bela balada bem no estilo da antiga banda de Cj Snare. Se você curte algo mais moderno dentro do hard rock, vá em frente é um bom aperitivo, mas se não, passe longe, não há nada de tradicional aqui.
Journey – Eclipse
Eis uma das maiores bandas da história do hard/AOR/Arena Rock ou seja lá como você queira denominar a coisa toda. Os caras soltaram mais um play de altíssima qualidade.
Eclipse é o segundo disco com Arnel Pineda nos vocais e confesso que gostei muito mais desse segundo com a presença do cara do que do anterior, Arnel parecia um cover mal resolvido do grande Steve Perry, nesse álbum a coisa não mudou muito, mas já melhorou bastante, tem um pouco mais de personalidade nas vocalizações do cara. Como nem tudo são flores, onde estão os teclados? Journey sem teclados fica a sensação de que está faltando algo, não que isso comprometa a qualidade do álbum, o disco está cheio de belas canções, mas falta algo na sonoridade da banda, falta Jonathan Cain dá as caras no álbum, está tudo soando muito redondo, mas sem a presença marcante dos teclados de outrora. Destaques para as canções City Of Hope e Edge Of The Moment dois belíssimos hards para fazer o público delirar logo na abertura do play, She’s A Mystery com seus 6:40 segundos de pura magia é outro grande momento do álbum. Um álbum com a qualidade de sempre. Vale a pena conferir!
Danger Avenue – Long Overdue
Eis um disco empolgante do começo ao fim. Long Overdue é o debut dos suecos do Danger Avenue, banda formada em 2006, a banda já havia lançado um EP em 2008. Um álbum que tem como característica a sonoridade que nos remete ao final dos anos 70 e inicio dos anos 80. As influências saltam aos ouvidos ao longo do play. Ecos de Thin Lizzy, Kiss, Boston, Tygers Of Pan Tang e outros podem ser facilmente perceptíveis aqui.
Num disco tão homogêneo assim fica difícil destacar alguma música, mas Boarding Pass saltou aos meus ouvido logo de cara, que pegada maravilhosa, o Boston do final dos 70 vem logo a sua cabeça, música de beleza rara. As outras faixas da bolacha também mandam muito bem. Avenues And Boulevards, Please Mr. Saturday Night, West Coast Angel e a já citada Boarding Pass são fortes candidatas a futuros clássicos do estilo. Enfim, um álbum de estréia para marcar o nome dos caras nas fileiras do hard rock desta década.
D. Fernando